Hoje eu acordei sentindo-me mais sex, precisamente um sexagenário. Fiz um balanço da minha caminhada e descobri o quanto as vitórias e as derrotas foram importantes no meu percurso. Descobri que as perdas me trouxeram um estado de serenidade para aceita-las, e que as vitórias contribuíram para fortalecer a minha vaidade, e que a essa tal de vaidade me afastou de mim mesmo, eis o dilema, será que as perdas foram mais importantes na minha formação?

Difícil responder, mas, pouco importa, com toda certeza, derrota ou vitória são apenas pedaços de um processo, a pergunta que não quer silenciar é: de que forma eu contribui para esse universo? E de que forma eu ainda posso contribuir?

Estamos vivendo mudanças constantes de paradigmas, estamos presenciando uma divisão de lados, de cores, de gostos e de sabores, percebo a beleza desse processo de diferenças e fico imaginado a harmonia da desarmonia, procuro nos cantos o equilíbrio entre os encantos e dos  desencantos, busco entender a magia do processo de construção dentro da desconstrução, concluo: a vida é bela.

Eu não quero fazer poesia nesse dia de avaliação, a minha contribuição é entender o mundo a minha volta com serenidade, sem culpa e sem peso, compreender meu processo e valorizar minha caminhada, entender que pertenço ao meu lugar de fala e preciso criar um ambiente favorável que me permita desenvolver ações verdadeiras, quero contribuir para um universo melhor e em contrapartida eu preciso de força e habilidade para os enfrentamentos do cotidiano.

Neste dia de comemoração, eu desejo que o universo me conceda serenidade para empregar meus esforços em ações que resultem em prosperidade e equilíbrio da humanidade.

Wilson Bittencourt – 24 Jan 2020.