Dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgados na segunda-feira (9) mostram que o número de lideranças indígenas assassinadas em conflitos de terra durante o primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro foi o maior em pelo menos 11 anos. Segundo o levantamento, foram 7 mortes em 2019, contra 2 mortes em 2018.
“Nós vivemos um momento em que o Estado é o agente promotor das agressões. Com todo esse momento político que a gente vive, os responsáveis pelas violências decidiram que esses povos indígenas não têm direitos e que têm que ser eliminados. Com isso, a gente está vendo um massacre”, conta Paulo César Moreira, coordenador nacional da CPT, em entrevista a Patrícia Figueiredo, do G1.
Apenas no último fim de semana, três lideranças indígenas foram mortas no país. Dois dos assassinatos aconteceram no sábado (7), quando homens dentro de um carro atiraram contra indígenas Guajajara na estrada BR-226, que corta as aldeias El Betel e Boa Vista, no Maranhão. Atentado tirou a vida de Firmino Prexede Guajajara, que morreu na hora, e Raimundo Belnício Guajajara.
Ainda, em Manaus, o indígena Humberto Peixoto Lemos, do povo Tuyuca, morreu no hospital após ser agredido a pauladas na segunda-feira (2).