O País, que já foi considerado o melhor destino gay, perde confiança do segmento que é o mais rentável do mundo
O GayCities, um guia internacional de turismo LGBT, colocou o Brasil em 1º lugar dos países que não devem ser visitados. O site soltou uma nota nesta semana enumerando os motivos que transformaram o Brasil em um destino perigoso para gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais.
“Em 2017, 445 LGBTs morreram por crime de ódio; em 2018, as estatísticas mostram que 167 pessoas trans foram assassinadas . Também em 2018, Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro que defendia os direitos LGBTs, foi assassinada no que testemunhas descreveram como um assassinato planejado, com dois ex-policiais presos como suspeitos”, diz a nota.
“O site cita o presidente Jair Bolsonaro como um dos motivos do aumento da violência contra a população LGBT no Brasil. O pesselista é um homofóbico declarado e, mesmo antes de assumir a presidência, já fazia discursos de ódio contra essa população. Em maio deste ano, Bolsonaro deu uma declaração dizendo que o Brasil “não pode ser o país do turismo gay”.
Além de permitir que ataques contra gays e trans aumentem, incentivando-o, o presidente da extrema-direita Bolsonaro também está deixando a floresta amazônica queimar, com o objetivo de abrir a terra para cultivo e exploração, e isso está arruinando a fonte de 10% do oxigênio do mundo no processo.”
O site destacou Brasil, Tanzânia e Egito como governos que são hostis às minorias. Bahamas foi considerado extremamente violento e Amsterdã superlotado. Por esses motivos, essas são as cidades que LGBTs não devem visitar, segundo o guia.
Lançado em 2008, o GayCities contempla dicas e avaliações sobre 225 cidades do planeta, compartilhadas pelos próprios turistas LGBTs.
Segundo a Organização Mundial do Turismo, o turismo LGBT é o mais rentável do mundo. O presidente da Câmara do Comércio e Turismo LGBT do Brasil, Ricardo Gomes, contou que o Brasil é o país que mais lucra com o turismo LGBT, perdendo apenas para os EUA.