Estudo realizado pelo IBGE a partir dos dados da PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Continua e divulgado em 24 de julho passado nos mostra uma informação positiva num primeiro momento: o desemprego vem caindo no interior da maioria dos Estados brasileiros.
Mas ao mesmo tempo revelam também dois aspectos negativos: a maioria das ocupações são informais e a renda do trabalhador interiorano vem caindo. O que traz problemas de curto prazo (a queda da renda e por conseguinte do consumo e da arrecadação das prefeituras) associado a problemas de médio/longo prazo bem mais grave.
Explico: o aumento da informalidade significa que mais trabalhadores nestas cidades levarão mais tempo para se aposentar. A grande maioria sequer vai se aposentar devido às novas regras. E em algum momento terá como única fonte de renda o BPC – Benefício de Prestação Continuada – fixado em um salário mínimo mas que também terá seu valor reduzido pela reforma da previdência.
Não havendo um movimento expressivo de retomada da economia associado à criação de postos de trabalho com proteção social este contingente de empobrecidos irá pressionar as prefeituras por serviços sociais que por sua vez terão sua capacidade de arrecadação diminuída por conta da redução do dinheiro em circulação que afeta negativamente o consumo.
Para melhor entender este quadro recomendo a leitura de reportagem publicada no site do IBGE a partir da entrevista do Diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo. É só clicar no link http://bit.ly/2OO474O