A reitora da UFRJ, Denise Carvalho, esteve reunida durante cerca de duas horas com aproximadamente 150 discentes do Movimento de Casas de Estudantes (MCE), na sala do Conselho Universitário (Consuni), na última quinta-feira, 1/8. Fruto de decisão do 43º Encontro Nacional de Casas de Estudantes (Ence), representantes do MCE reivindicaram que as universidades tratem a assistência estudantil como prioridade de gestão, em especial a UFRJ, que, além de ser a maior universidade federal do país, sedia o evento, que acontece de 28/7 a 4/8.
Entre as reivindicações gerais, os estudantes do MCE pontuaram que as universidades precisam buscar investimentos para a construção de novas casas nos campi que ainda não as possuem e para a manutenção das já existentes, bem como garantir recursos para construção e ampliação de Restaurantes Universitários (RUs), assegurando também a qualidade das refeições oferecidas.
No que se refere à UFRJ, os alunos do MCE sinalizaram demandas específicas para a assistência estudantil, principalmente para a residência, tais como: reformas estruturais do bloco A, reestruturação da academia, implantação de carteirinha para os moradores e dedetização geral. Uma carta com todas as reivindicações foi entregue à reitora, que se reunirá outra vez com representantes do Movimento, a fim de alinhar as medidas conjuntas envolvendo a Reitoria e a Pró-Reitoria de Políticas Estudantis (PR-7).
foto: Artur Moês (Coordcom/UFRJ)
“Vocês são muito bem-vindos”
Em discurso, Denise se mostrou aberta às demandas. “Vocês são muito bem-vindos. São a força da universidade pública, gratuita e de qualidade. A pauta colocada aqui é a pauta da atual Reitoria. A situação orçamentária atual é gravíssima, mas vocês, que estão aqui, dão força à Administração Central para prosseguir”, afirmou.
“É preciso que as universidades sejam mais inclusivas, afinal não é possível ter política estudantil que não fale em inclusão. Estamos de mãos dadas para melhorarmos esta questão”, completou, sinalizando que a assistência estudantil é prioridade para a equipe de gestão da UFRJ.
A reitora, que assumiu o cargo há menos de um mês, relembrou seu discurso de posse, em que resgatou o fato de a UFRJ dispor de apenas 250 vagas para residência estudantil. “Queremos mais de mil vagas. Envidaremos todos os esforços para isso. É possível? Se não sonharmos, não será. Estamos fazendo um diagnóstico da residência estudantil e, mais à frente, vamos apresentar um projeto executivo da reforma. A ideia é ampliarmos para 500 vagas no primeiro ano de gestão e espero que festejemos juntos esse crescimento”, disse, adiantando a criação de uma superintendência voltada para esportes e a implementação do Fórum de Políticas Estudantis, que será um espaço de diálogo permanente entre a PR-7 e os alunos.